quinta-feira, 30 de junho de 2011

Volver A Los 17

Volver a los diecisiete después de vivir un siglo
Es como descifrar signos sin ser sabio competente,
Volver a ser de repente tan frágil como un segundo
Volver a sentir profundo como un niño frente a dios
Eso es lo que siento yo en este instante fecundo.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Mi paso retrocedido cuando el de usted es avance
El arca de las alianzas ha penetrado en mi nido
Con todo su colorido se ha paseado por mis venas
Y hasta la dura cadena con que nos ata el destino
Es como un diamante fino que alumbra mi alma serena.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

Lo que puede el sentimiento no lo ha podido el saber
Ni el más claro proceder, ni el más ancho pensamiento
Todo lo cambia al momento cual mago condescendiente
Nos aleja dulcemente de rencores y violencias
Solo el amor con su ciencia nos vuelve tan inocentes.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

El amor es torbellino de pureza original
Hasta el feroz animal susurra su dulce trino
Detiene a los peregrinos, libera a los prisioneros,
El amor con sus esmeros al viejo lo vuelve niño
Y al malo sólo el cariño lo vuelve puro y sincero.

Se va enredando, enredando
Como en el muro la hiedra
Y va brotando, brotando
Como el musguito en la piedra
Como el musguito en la piedra, ay si, si, si.

De par en par la ventana se abrió como por encanto
Entró el amor con su manto como una tibia mañana
Al son de su bella diana hizo brotar el jazmín
Volando cual serafín al cielo le puso aretes
Mis años en diecisiete los convirtió el querubín.




terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Para além da intelectualidade

Cair no hábito dos entusiastas que descrevem a música e empinam o dedo indicador para escarrar alguma crítica e observação acerca dos funks, pagodes, sertanejos, batidões de então – manifestações populares do Brasil, um material sociológico aos pesquisadores que desejarem concluir algo - é tendência da maioria dos levantamentos dos “degustadores” de Música. Ora, vejam então o crime que cometem nossos intelectuais, não contra o alvo de suas críticas, mas contra eles mesmos e contra as posições sociais à liberdade e escolhas de comportamento. Claro que dentro disso, a atitude de observar também é um direito adquirido e confere às pessoas um exercício de personalidade, individualidade e efetivação; mas senhores, é original e substancial apontar incorreções, quando a pretensão parece ser organizar um cardápio cheio de cânones que indique os detentores da compreensão e da expressão musical no país? Observem que os elementos tangíveis de uma música podem ser de estilo, de timbre, de harmonia, de melodia, de arranjo, portanto sonoros, mas também podem existir em outros paradigmas, podem denotar e reunir valores sociais de coletividade, de urbanidade, de descontração, ou como diz Engenheiros do Hawaii numa música: de não beatlelação.
Esse compromisso, essa cobrança e doutrinação, que nomeia e santifica possíveis expoentes e ícones culturais, faz isso com a mesma mobilidade com que os afasta e os torna distantes e inacessíveis. Parecem tão falhos, porque na medida em que idealizam um terreno fértil de bons frutos e boas sementes, esterilizam tudo e congelam suas conclusões no já celebrado e batido caviar expelido pelos nossos esturjões da música. A guerra da qualidade não é mais a inquietação para a produção, para o sobressaltante, é uma guerra de egos e umbigos, para ver quem são os que se aproximam mais da inteligência que irradiam os consagrados heróis da arte.


                              " Água sanitária e banho de refinamento."


Não confundam, esse artigo não quer crucificar, por exemplo, um Chico Buarque, ou uma Elis Regina; a rejeição não é ao material ou ao conteúdo, mas sim à tendência e ao uso de tomar e manipular isso para afirmar uma grandeza elitizante que é recheada de preconceitos e, em termos políticos, até próxima ou paralela aos requintes semânticos e metódicos de um Goebbels. Por que não? "Vamos eleger o ariano, o puro. É hora da assepsia, vamos higienizar a música brasileira, cantar o Parsifal, encontrar um Richard Wagner, colocá-lo no teatro de Bayereuth e escutar música sempre sentados".

domingo, 9 de janeiro de 2011

Apresentação

   Aqui, nesse pedaço de latifúndio eletrônico, na terra do silício, nesse endereço digital, ficarão registrados alguns artigos, comentários e impressões do que observo e pesquiso na música. Instrumentos, estilos, efeitos, timbres, equipamentos e curiosidades também serão referências e temas válidos, mas não limitarão o conteúdo e a proposta desse blog. "Pano pra manga", muito trabalho pela frente! Obrigado leitor, por fazer uma Pausa e dar ouvidos a esse Refrão, quero ouvir música com vocês, mas por vezes, sem o play na mira do dedo! Mãos ao piano e à obra então!
      
     Fernando Machado